
BES com prejuízos de 89,2ME no primeiro trimestre
Página criada: Sexta-feira, 16 Maio 2014 8:48 GMT
Temática
O Banco Espírito Santo (BES) teve prejuízos de 89,2 milhões de euros entre janeiro e março, superiores aos resultados negativos de 62 milhões de euros registados no primeiro trimestre do ano passado.
Nos resultados hoje divulgados através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco liderado por Ricardo Salgado disse que, nos primeiros três meses do ano, “as imparidades continuaram a determinar o resultado do trimestre”.
O grupo reconheceu custos com imparidades de 380,6 milhões de euros entre janeiro e março, mais 58,5% do que em período homólogo, com o custo das imparidades no crédito a aumentar 47,6% para 276,3 milhões de euros.
O produto bancário subiu 27,1% para 576,5 milhões de euros, enquanto a margem financeira cresceu 21,7% para 269,9 milhões de euros.
O BES salientou a “evolução muito positiva do produto bancário”, explicando que a mesma se deveu aos ganhos em operações financeiras (154,7 milhões de euros), ao aumento do resultado financeiro de 21,7% para 269,9 milhões de euros, e ao controlo dos custos operativos no mercado doméstico.
“A queda significativa das ‘yields’ [taxas] dos títulos de dívida portuguesa no primeiro trimestre permitiu ao grupo beneficiar deste movimento através da tomada de mais-valias, mantendo, no entanto, reservas de justo valor positivas no balanço no valor de 290 milhões de euros”, assinalou o banco.
Destes, 225 milhões de euros respeitam a ganhos potenciais em títulos de dívida pública, o que significa que, caso a gestão do banco tivesse decidido alienar a sua carteira de dívida soberana, registaria um resultado líquido positivo no trimestre.
Em termos globais, os custos operativos subiram 2,1% para 286,4 milhões de euros.
O crédito a clientes baixou 0,5% para 51 mil milhões de euros, ao passo que os depósitos de clientes caíram 3,1% para 36,2 mil milhões de euros.
O rácio do crédito em risco face ao crédito total situou-se nos 11,1%, um ponto percentual acima do que se verificou em março do ano passado.
O rácio ‘common equity Tier 1’ fixou-se no final de março nos 9,8% de acordo com a fase transitória para as novas regras de Basileia III, ao passo que em termos da sua total implementação ficou nos 8%.
O financiamento líquido junto do Banco Central Europeu (BCE) cresceu 469 milhões de euros para 8,3 mil milhões de euros.
A rede de retalho (global) do BES cresceu entre março de 2013 e março de 2014 para um total de 778 balcões (mais nove), um aumento explicado pela abertura de 37 agências nas operações internacionais, já que, no mercado doméstico, houve uma redução de 28 balcões.
DN (IM) // ATR

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